23 fevereiro, 2008

RISIOTERAPIA


Crida filha
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Cá arrecebi a tu missiva que munta alegria me deu e pessete desculpa de nã arresponder má cede más come é do té conhecimente é cá tenhe sempre que esperar ca filha do vizinho Embrózio venha ver o pai pra lhe pedir quela me escreva. Iste da gente nã saber uma letra tem más que se lhe diga, é come diz o ditade: “Quem se serve com p….alheia nã se serve á ora que quer”. Tamem agardece a mezinha que me mandaste prás minhas cruzes,más graças a Dês já me passarem as DORES sem ser precise tumar remédios da butica, e por tal sinal com uma coisa munte simples, aí vai podes tu pressizar algum dia: Apanhas umas contas arrelapas que dêchas ao serene dum dia pró outre. Depois passas-las pelo almefarisme, arranjas uma zargatôa com penas de galinha e bezuntas as dores com essa papa e tapas com um papel de mata berrão quente.É um dezimagina, as dores vão-se. Olha filha na tenhas pena de na teres ide prá óniversidade, quiste ca gente ve hoje é cada vez más dótoures burres. É só estudarem, estudarem e cada vez iste tá tude pior. Nã vames más longe,vé lá tu o caconteceu com o ére, o dinhere nouve. O ca gente comprava dantes com a reformazinha e cagora nã se pode comprar. Tude perque uns certes senhores dótoures acharam quera melhor mudar o dinhere ca gente tinha do tempe dos nosses avózes e bizavózes. A nossa vizinha Quetéria mandate arrecumendações. Ela coitada tamem tem passado munte com a precaria do quebrante e dos pechõcos que le nasceram salve seja o lugar nas náldegas. Agora tem ide lá a casa a Mari Bernarda binzer e já vai melhorzinha. É cá este domingue passade na fui à missa perque o senhor prior quer `à força ca gente dê dinhere para arranjar o altar. Quer pôr estrelas novas no céu e quer fazer um menine nouve ao cole da nossa senhora. .Se pudesse até dava más, agora gasti munte.. mandi arranjar o fõrne que estava tode a esborralhar por dentre e sujava o pão. Puz rede nova no galinheire perque as galinhas andavem todas a fugir plos beracos. Mandi caiar a cozinha perque tinha o cafele toude a cair e puz um ferrolho na porta perque iste com os drógades que andem aí ninguem está segure. Pergunti pelo pórco branco do visinho Embrósio e a filha disse-me que já nã havia problema. Come o animal na se curava de maneire denhuma ele más o compadre induarde abaterem o biche e ainda conseguirem fazer dois presuntes de pata negra que venderem no mercade ós istrangeres. Olha filha agora vou-me fazer um becadinho de café de cevada para beber com umas felhózinhas de pole que vai ser o mé jantar. Iste a gente á nõte já na pode comer côme dantes por casa dos entestines
Arrecebe um grande bêje da tu mãe amiga que nã te esquece.

Maribenta

1 comentário:

Anónimo disse...

Vim aqui fazer uma visita espero uma retribuição abraços Antonio
projetokaratenaescola tirando o jovem das ruas através do esporte
Antonio São José dos Campos São Paulo Brazil